Inteligência Emocional: descubra em detalhes do que se trata

A princípio a inteligência emocional foi explorada por diversos estudiosos da área de biologia, psicologia, neurociência e entre outras. Mas o primeiro a se referir ao termo “EMOCIONAL foi Charles Darwin!

O intuito de Darwin em referir-se ao lado emocional do aspecto humano, era para expressar a importância do termo para a sobrevivência e Adaptação.

Como resultado, Darwin abriu portas para que outros pesquisadores chegassem à conclusão sobre a importância do aspecto não-cognitivo para a inteligência.

Pois as definições tradicionais sobre inteligência até certa época apontavam os aspectos cognitivos como determinante para o sucesso de um indivíduo, ou seja, o lado racional e lógico do cérebro era o que determinava se um indivíduo iria ter sucesso na vida.

Eles denominaram essa inteligência racional de Quociente de Inteligência (QI). E criaram meios de medir essa inteligência, então quanto mais alto o numero de QI de uma pessoa, mais inteligente ela seria.

Estima-se que Steve Jobs tenha 140 pontos, Bill Gates 162 pontos e Albert Einstein 160 pontos de QI. São números altíssimos, e ainda hoje o QI tem sim relevância, pois ele mede o processo racional do cérebro.

No entanto com os estudos sobre inteligência emocional, a ideia de que apenas o QI determina o sucesso de uma pessoa foi aos poucos “caindo por terra”.

A ideia de que o QI era a base do sucesso na vida de uma pessoa começou a ser contestada em 1940, por David Wechsler. Ele deduziu que a inteligência não dependia somente dos fatores intelectuais e protestou dizendo que os estudos sobre a inteligência não estariam completos até que os fatores não-intelectuais estivessem devidamente estudados.

Então: “o que faz um indivíduo ter sucesso, além da sua capacidade cognitiva elevada?”

Como a Inteligência Emocional e o Quociente de Inteligência se complementam?

Certamente se dependêssemos apenas do (QI) para ter sucesso acredito que algumas pessoas estariam fadadas ao fracasso. Imagine uma pessoa com QI baixo, como ela poderia se sobressair na vida, já que apenas os indivíduos de QI alto tem essa chance?

O QI é um fator genético, você nasce com um certo grau de inteligência cognitiva! O Quociente de inteligência até pode aumentar com o tempo. Mas mesmo assim seria uma grande desvantagem para quem busca o autodesenvolvimento.

Por outro lado, a inteligência emocional segundo diversos estudos é um tipo de inteligência que pode ser aprendida ao longo da vida e se complementa com o QI. Ninguém nasce com inteligência emocional, nós aprendemos por meio da educação dos nossos pais, escolas e das nossas vivências diárias.

Portanto a inteligência emocional não é um fator hereditário, como o Quociente de Inteligência!

Emoção
Há muitas formas de alcançar o sucesso pessoal ou profissional, mas somente aqueles que mesclam razão e emoção alcançaram seus objetivos com satisfação pessoal.

Acredito que as duas inteligências, racional e emocional, se complementam porque se um indivíduo se basear apenas no QI estaremos diante de um máquina, sem sentimentos, só processando dados.

E se o individuo não souber usar a inteligência racional, baseando-se apenas na emoção, é provável que esse sujeito seja dominado por suas emoções e tenha comportamentos poucos saudáveis para si e os outros.

Desse modo os estudos sobre inteligência emocional visam compreender as emoções e os sentimentos de um indivíduo para definir oque pode, além do QI, levar alguém a ter sucesso ou fracasso na vida.

Então vamos conferir agora quais foram as outras mentes brilhantes depois de Darwin que abraçaram o assunto e o disseminaram, a fim de entendermos melhor esta outra faceta da inteligência.

Os Estudos sobre inteligência emocional

A inteligência emocional reúne uma série de características que beneficiam o individuo em diferentes contextos da vida. Robert Lee Thorndike em 1920 falou sobre a Inteligência Social para descrever a capacidade de motivar e compreender os outros. Mais tarde esse termo virou um dos traços da inteligência emocional!

Em 1983 Howard Gardner trabalhou a teoria das inteligências múltiplas, com esta teoria ele introduziu o conceito de inteligência intrapessoal e interpessoal, da mesma forma, ambas estão ligadas a inteligência emocional.

Além disso, Gardner defendeu que o conceito QI não explica a capacidade cognitiva!

Entretanto o uso do termo “inteligência emocional” foi atribuído a Wayne Payne em 1985. Embora o mesmo termo tenha aparecido nos textos de Hanskare Leuner em 1966.

Outro estudioso Stanley Greenspan, também apresentou os seus estudos sobre inteligência emocional em 1989, seguido por Peter Salovey e John D. Mayer. Mas foi Daniel Goleman em 1995 que difundiu o tema e se tornou referência no assunto!

Goleman criou o QE quociente emocional que mede o grau de inteligência emocional do indivíduo assim como o QI, e explicou claramente a diferença entre QI e QE e seus aspectos mais importantes.

Inteligência Emocional
Podemos imaginar nossa mente em duas partes, uma puramente racional e lógica, outra imaginária e abstrata!

Contudo mesmo que Daniel Goleman tenha contribuido para o desenvolvimento do estudo da inteligência emocional, vale ressaltar que a base dos estudos de Goleman foram baseados nos conceitos desenvolvidos anteriormente por Salovey e Mayer.

Então vamos descobrir qual foi a contribuição desta dupla para o desenvolvimento do estudo da inteligência emocional!

Definição da inteligência emocional por Salovey e Mayer

A princípio Mayer e Salovey definiram a inteligência emocional como sendo:

“A capacidade de perceber e exprimir emoções, assimilar ao pensamento, compreender e raciocinar com ela e saber regulá-la.”

Desse modo, eles dividiram o conceito sobre a emoção em quatro capacidades:

  1. Percepção das emoções: é a capacidade de identificar os sentimentos por estímulos, como exemplo, a voz e a expressão facial. Como resultado, esta capacidade torna a pessoa capaz de perceber a variação ou a mudança do estado emocional do outro.
  2. Uso das emoções: onde o indivíduo consegue usar as informações das emoções para viabilizar o raciocínio e o pensamento.
  3. Entender emoções: se enquadra na capacidade de captar as emoções nem sempre evidentes.
  4. Controle e transformação das emoções: este é um dos aspectos mais marcantes da inteligência emocional. Pois torna o indivíduo capaz de lidar com os próprios sentimentos e emoções.

Diferenças entre QI e QE

Agora podemos entender por que o QI e o QE são tão diferentes. Pois quando precisamos resolver problemas emocionais usamos menos o cognitivo!

Embora usemos o lado racional para pensar com lucidez na solução de tais problemas, ao lidar com a emoção estamos sob influência de outra parte do cérebro que envolve a imaginação, o autocontrole, a força de vontade e etc.

Por isso pessoas inteligentes podem fazer coisas idiotas!

Sem dúvida nem sempre uma pessoa com alto QI sabe lidar com outras pessoas, gerir suas próprias emoções e sentimentos. Então, definitivamente, o QI pode ajudar mas não determinará o sucesso de alguém na vida!

Por esse motivo muitas vezes encontramos gênios com QI alto, tímidos, retraídos, com dificuldade de se colocar no lugar do outro, de aceitar o seu ponto de vista e que não sabem lidar com seus próprios impulsos.

Não obstante as pessoas com alto índice de inteligência emocional têm mais inteligência verbal, mais inteligência social e sabem lidar melhor com suas emoções e sentimentos.

Inteligência Emocional
Uma pessoa com inteligência emocional bem desenvolvida é capaz de construir e manter relações mais saudáveis e felizes!

Os conceitos estabelecidos por Salovey e Mayer deram um norte sobre como as emoções influenciam nossa maneira de ser e pensar, abrindo caminho para que Daniel Goleman pudesse mergulhar no assunto e sanar as dúvidas que ainda circulavam!

Conceito de Daniel Goleman sobre a Emoção Humana

Daniel Goleman definiu a inteligência emocional como:

“A capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os sentimentos dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e dos nossos relacionamentos.”

Igualmente a salovey e Mayer, Goleman definiu a inteligência emocional não em quatro, mas em cinco capacidades, sendo elas:

  1. Autoconhecimento emocional: como o próprio nome diz, é a capacidade de reconhecer suas próprias emoções e sentimentos.
  2. Controle emocional: qualifica o indivíduo a lidar com os próprios sentimentos e emoções para adequá-los a cada situação vivida.
  3. Automotivação: é a capacidade de direcionar as emoções para realizar um objetivo pessoal.
  4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas: ajuda identificar os sentimentos manifestado pelos outros e ter empatia por eles.
  5. Relacionamento interpessoal: que visa a interação com outras pessoas, valendo-se de competência sociais.

Além de separar a inteligência emocional em 5 capacidades, Goleman definiu que as três primeiras capacidades são intrapessoais, sendo fundamentais ao autoconhecimento. Já as duas últimas capacidades são interpessoais, sendo importantes para:

  • Organização de grupos: essencial para a liderança, onde envolve coordenação dos esforços, a obtenção do reconhecimento como líder e a cooperação espontânea.
  • Negociações de soluções: para a prevenção e resolução de conflitos.
  • Empatia: que é a habilidade de identificar e compreender o sentimento do outro e agir de forma a direcioná-lo ao interesse comum.
  • Sensibilidade social: que visa saber o motivo pelo qual as pessoas agem, e identificar seus sentimentos.

Todos os conceitos e as principais capacidades para se ter uma boa inteligência emocional você pode encontrar no livro de Daniel Goleman, onde ele explica como a emoção desempenha seu papel e quais as consequências nas mais diversas atitudes que temos em nosso dia a dia.

Razão e emoção

Conclusão

De fato, todos nós já possuímos as capacidades citadas neste artigo, todos nós somos seres inteligentes. O que diferencia os indivíduos é que uns se esforçam por desenvolver aspectos importantes da emoção, enquanto que outros definitivamente não se importam.

Em suma, os que se esforçam por desenvolver a inteligência emocional irão se destacar nas mais diversas áreas da vida, seja no âmbito pessoal ou profissional!

Diversos estudos mostram que a meditação ajuda desenvolver a inteligência emocional, então se têm um conselho que posso te dar para você desenvolver sua emoção, aprenda e desenvolva o hábito de meditar.

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segredos da evolução

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Fernando Ferreira

Formado como Life Coach e psicologia positiva aplicada pela SBCoaching e autodidata dedicado a entender o que faz o ser humano ser feliz, realizado e bem-sucedido na vida.

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