Sumário
As janelas da memória foram criadas pelo psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor, Augusto Cury, o criador da Teoria da Inteligência Multifocal, que estuda a formação do Eu, os papéis da memória e a construção dos pensamentos.
As janelas da memória, segundo a teoria de Cury, são áreas que definem a maneira como vemos, reagimos e interpretamos o mundo à nossa volta. Assim como o nome sugere, essas janelas abrem e fecham de acordo com a situação que vivemos e as emoções que sentimos.
Diante disso, Cury explica que quanto mais janelas abrirmos maior é a nossa capacidade de dar respostas inteligentes, e quanto mais fechamos maior a probabilidade de oferecer respostas estúpidas. Portanto, somos mais instintivos quando fechamos as janelas da memória e mais racionais quando abrimos.
Por isso, neste conteúdo vamos conhecer quais são as janelas da memória, como abri-las e usá-las ao nosso favor, acompanhe a leitura.
Quais são os tipos de janelas da memória?
As janelas da memória são formadas por vivências, ficando armazenadas em três tipos de janelas, que são: Neutras, Killers e Lights.
Janelas Neutras
As janelas neutras correspondem a mais de 90% de todas as áreas da memória. É por meio delas que nós vemos, interpretamos e vivemos nossas experiências no mundo. Esse tipo de memória contém conteúdos que não afetam nossos sentimentos e emoções, nela são armazenados números, endereços, telefones, conhecimentos, etc. Portanto, nesta janela estão todas as informações que adquirimos desde quando éramos bebês, até o nosso último fôlego e que são informações neutras.
Janelas Killer
As janelas da memória denominada de Killers, estão intimamente ligadas ao nosso emocional, assim como as janelas Light. No entanto, nesta janela estão emoções ligadas ao medo, angústia, tensão, ansiedade etc. Porque os conteúdos armazenados nessa janela remetem a traumas, perdas, experiências ruins e outros eventos que como o Cury diz: “Encarceram o EU”.
Assim, como o próprio nome pressupõe, essas janelas assassinam não o corpo, mas o acesso à leitura dos conteúdos das outras duas janelas da memória, dificultando ou bloqueando respostas inteligentes em situações estressantes.
Assim, quando o cérebro está sob ataque de pânico, por exemplo, torna a pessoa irreconhecível, levando-a a ter reações desproporcionais, incoerentes e ilógicas.
Sobretudo, Augusto Cury enfatiza que as janelas Killer podem ser tornar estruturais ou Duplo “P”. Ele explica que Duplo “P” quer dizer “Duplo Poder”, porque é capaz de expandir essa janela ou a zona de conflito.
Janelas Light
As janelas light também estão ligadas às nossas emoções, mas diferente das janelas killers, essa janela da memória nos remete a sentimentos e emoções positivas como a alegria, o entusiasmo, a perseverança, generosidade, felicidade etc., pois aqui estão arquivadas as nossas conquistas, nossas paixões, as experiências positivas, enfim, as nossas melhores vivências estão armazenadas nesta janela.
Dessa forma, as janelas Light ajudam o desenvolvimento das funções mais complexas da inteligência, como a capacidade de pensar antes de reagir, colocar-se no lugar do outro, gerenciar os pensamentos, ser resiliente etc.
O grande desafio das janelas da memória
Como vimos no início do artigo, a capacidade de lidar com assertividade e inteligência com as circunstâncias que a vida nos oferece diariamente, depende de conseguirmos abrir o máximo de janelas possível.
E para isso, a chave são os sentimentos, eles possuem a chave para abrir as janelas da memória. O medo, angústia, a raiva, a inveja, a tensão fecham as janelas da memória! Por outro lado, a tranquilidade, a serenidade, o prazer, a afetividade, o entusiasmo, podem abri-las.
Como resultado dessa dinâmica das janelas da memória, podem fazer até mesmo intelectuais agirem como crianças agressivas e pessoas simples como pessoas centradas e elegantes. Independente do foco de tensão, como perda ou contrariedade, pode tornar uma pessoa irreconhecível ou o ser mais iluminado da terra, o que muda entre um e outro? A quantidade de janelas abertas no ato da tensão!
Por isso, recomenda-se que no calor da situação a pessoa não obrigue-se a reagir, e que mantenha-se calma e avalie friamente a situação, e só espere que ela passe, para só depois tomar uma atitude.
Isso é válido não apenas para situações de grande estresse, como em discussões, mas também para sentimentos pontuais, como falar em público. Geralmente a maioria das pessoas quando precisam se apresentar publicamente sentem ansiedade, tensão, medo etc.
Diante desses sentimentos, mantenha-se calmo(a) e sereno(a) para permitir que o máximo de janelas possam ser abertas. Assim você permite que o seu cérebro busque as informações necessárias para lidar com a situação.
A meditação
Por este e outros motivos, acredito fortemente no potencial da meditação, pois a prática é capaz de nos ajudar a gerir nossas emoções e a tomar distâncias dos nossos pensamentos. Dessa forma, conseguimos nos manter calmos diante de qualquer situação já que a meditação nos ensina a ser observadores, e isso é algo útil para abrir o máximo possível de janelas da memória.
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