Depressão: 4 hábitos que auxiliam o tratamento confira

A depressão é um distúrbio afetivo incapacitante que afeta cerca de 19% da população. 

Isto significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo, apresentam o problema em algum momento da vida, segundo dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Mas, o que leva alguém a desenvolver depressão? Quais são os sintomas deste distúrbio? E como o indivíduo que passa por esse problema pode resolvê-lo?

São essas questões que vou responder neste artigo, deixando claro que não sou psicólogo, e sim, Coach. 

Portanto, as informações que constam neste artigo, não servem para diagnosticar e muito menos tratar a depressão, combinado?

Meu objetivo é oferecer conhecimento e ferramentas para impulsionar o tratamento com um profissional qualificado.

Antes de mais nada, a depressão é um transtorno psiquiátrico que afeta o bem-estar da pessoa, levando a uma série de mudanças no humor, disposição, no desempenho cognitivo, no sono, nas interações sociais e pode apresentar sintomas físicos.

Por isso, esse distúrbio afetivo é incapacitante, pois ele reúne uma ampla gama de sintomas que alteram radicalmente a forma como a pessoa se comporta.

Alguns dos sintomas da depressão são:

1. irritabilidade, humor depressivo, ansiedade e angústia
2. Desânimo e maior esforço para fazer as coisas por mais simples que sejam
3. Apatia – leia mais
4. Diminuição ou incapacidade de sentir prazer e alegria em atividades que antes eram consideradas agradáveis.
5. Sentimentos de culpa, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixo-autoestima, pessimismo, sensação de falta de sentido na vida, doença ou morte, fracasso e ruína. O depressivo pode desejar morrer para acabar com o sofrimento, o que leva ao suicídio.
6. E muito mais!

Para entender um pouco melhor sobre o que é a depressão e porque ela é responsável por tantos sintomas, precisamos olhar para o cérebro do deprimido.

Pois, há uma série de evidências científicas que mostram alterações químicas no cérebro do depressivo, principalmente com relação aos neurotransmissores: noradrenalina, serotonina e, em menor proporção, dopamina.

Essas substâncias são produzidas pelos neurônios, sendo responsáveis pelos impulsos nervosos entre as células, ou seja, é a química responsável pela comunicação dos neurônios.

É essa comunicação que desencadeia os nossos comportamentos diante dos eventos da vida, por isso, a depressão torna a vida do depressivo mais difícil.

Porque ela altera o principal mecanismo de resposta do comportamento humano!

Tanto é que os medicamentos para amenizar os sintomas da depressão possuem composições químicas que agem no sistema nervoso central, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio dos neurotransmissores.

Sem dúvida, os medicamentos são importantes para o tratamento eficaz da depressão, e ao contrário do que muitos imaginem não são como as drogas que deixam a pessoa eufórica e provocam o vício.

Porém, além dos medicamentos, existem hábitos e tratamentos alternativos que aumentam a produção dos neurotransmissores, servindo como um tratamento suplementar ao medicamento.

Além disso, tais hábitos podem ajudar o depressivo a desenvolver habilidades importantes para o combate à depressão, vamos conferir quais são.

Musicoterapia

A musicoterapia é uma abordagem terapêutica que tem sido utilizada em diferentes contextos para auxiliar no tratamento da depressão. 

Assim, essa forma de terapia usa elementos musicais para promover a saúde e o bem-estar físico, emocional, mental e social das pessoas que enfrentam essa condição desafiadora.

A música, em várias ocasiões, demonstrou ter um impacto positivo no alívio dos sintomas da depressão, oferecendo uma forma alternativa de expressão e uma maneira de lidar com as emoções. 

Através da musicoterapia, as sessões são adaptadas às necessidades individuais, permitindo que os participantes se envolvam ativamente em atividades musicais estruturadas que visam melhorar o humor, reduzir o estresse e promover a conexão emocional.

O musicoterapeuta, especialista nesta área, utiliza a música como uma ferramenta terapêutica para ajudar as pessoas a expressar suas emoções, explorar suas experiências internas e desenvolver habilidades de enfrentamento para lidar com a depressão.

Meditação

A meditação é uma prática milenar que envolve direcionar a atenção para um objeto específico, como a respiração, uma imagem mental ou um mantra, visando alcançar um estado de clareza mental e tranquilidade. 

Por isso, é uma técnica utilizada em diversas tradições espirituais e filosóficas, e também como uma ferramenta para promover o bem-estar mental e emocional, sendo bastante benéfica para lidar com a depressão.

Então, durante a meditação, busca-se cultivar a consciência plena do momento presente, permitindo que os pensamentos, as emoções e as sensações físicas sejam observados sem julgamento. 

Essa prática regular pode ajudar a reduzir os sintomas da depressão e melhorar o estado de ânimo.

Portanto, meditar algumas vezes é recomendado como um complemento ao tratamento da depressão, pois pode auxiliar na redução do estresse, na regulação emocional e no fortalecimento da resiliência. 

Além disso, a meditação também pode ajudar a aumentar a autocompaixão e levar o depressivo a desenvolver uma perspectiva mais equilibrada em relação aos desafios da vida.

Com o Curso de Meditação para Iniciantes você pode aprender a meditar para melhorar a sua qualidade de vida, aumentar o seu autoconhecimento e desenvolver a sua inteligência emocional, conheça agora mesmo.

Pratique Atividade Física

A prática de atividade física regular é fundamental para a saúde física e mental, especialmente quando se trata de combater a depressão. 

Veja algumas razões para incluir exercícios em sua rotina:

• Melhora do humor: a prática de atividade física libera endorfinas, neurotransmissores que promovem sensações de prazer e bem-estar, ajudando a aliviar os sintomas do transtorno depressivo.
• Redução do estresse: a atividade física regular ajuda a diminuir os níveis de estresse, que podem ocorrer ou agravar a depressão. O exercício proporciona um alívio imediato do estresse e também auxilia na melhoria da capacidade de lidar com situações estressantes no dia a dia.
• Aumento da autoestima: ao praticar exercícios e alcançar metas pessoais, você fortalece a confiança e a autoestima. 
• Estímulo cognitivo: a atividade física regular melhora a função cognitiva, incluindo a concentração e a memória. Isso pode ser especialmente benéfico para pessoas que enfrentam dificuldades cognitivas associadas ao transtorno depressivo.
• Interação social: participar de atividades físicas em grupo, como aulas de grupo ou esportes em equipe, proporciona oportunidades de interação social, o que pode ajudar a reduzir o isolamento e o sentimento de solidão associado à depressão.

Escrita terapêutica

Sem dúvida, adotar a escrita terapêutica como complemento ao tratamento da depressão é essencial, e te mostro alguns motivos do porquê:

• Autoexpressão empoderadora: a escrita terapêutica oferece um espaço seguro para expressar as emoções e pensamentos associados à depressão, ajudando a liberar a angústia, o vazio e a tristeza, permitindo que o depressivo dê voz às sensações muitas vezes indescritíveis. 
• Autoconhecimento e reflexão: ao escrever sobre o transtorno depressivo, é possível explorar a fundo os sentimentos e desafios enfrentados. A escrita permite refletir sobre as causas, os gatilhos e os padrões que surgem nesse contexto, auxiliando no autoconhecimento e na identificação de possíveis caminhos para a superação.
• Alívio emocional: a escrita terapêutica é uma válvula de escape para a dor emocional. Ao colocar as palavras no papel, é possível dar um sentido e uma forma tangível para o que se sente, aliviando a carga interna e promovendo um bem-estar momentâneo.
• Registro do progresso: escrever periodicamente sobre a depressão permite acompanhar a evolução e o progresso no tratamento. É uma forma de perceber as pequenas conquistas, os momentos de superação e os recursos que ajudam a lidar com os sintomas.
• Empoderamento e autocuidado: a escrita terapêutica é uma ferramenta de autocuidado poderosa para quem enfrenta a depressão. Pois, ajuda a desenvolver uma relação mais consciente consigo mesmo, reconhecendo limites, necessidades e buscando estratégias para lidar com os desafios.

Por fim, se você passa ou tem alguém próximo que esteja lidando com este tipo de transtorno, procure primeiramente ajuda profissional.

Exponha a situação e depois fale com ele sobre esses hábitos e tratamentos alternativos, para que ele possa ajudá-lo a implementar em sua rotina.

Sobretudo, entenda que só esses hábitos não tratam a depressão, é uma junção de coisas, orquestradas de forma coordenada que vão surtir algum efeito no enfrentamento à doença.