Mecanismos de defesa do ego: descubra os 10 tipos mais comuns

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Nós temos diversos mecanismos de defesa, eles asseguram que a nossa integridade física e mental seja preservada.

Por isso, segundos antes de sofrermos uma queda, tendemos a pôr as mãos à nossa frente para diminuirmos o impacto do incidente.

Esse é um mecanismo que impede que a gente lesione áreas sensíveis, como a cabeça e o tórax.

Entretanto, muito além de nos proteger fisicamente, os mecanismos de defesa também nos protegem emocionalmente, você sabia?

Pense por um instante na maneira como você lida com a raiva, ansiedade, tristeza, angústia. Cada um de nós tem um jeito único de responder às emoções!

A importância desses mecanismos é extrema, afinal, são eles os responsáveis por nos ajudar a lidar com situações negativas e traumas.

Mas, os mecanismos de defesa nem sempre são os melhores aliados para lidar com os nossos medos, traumas e situações negativas.

Entenda em detalhes o que um mecanismo de defesa é, e veja alguns dos mecanismos mais comuns na personalidade humana,

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O que são os mecanismos de defesa?

Mecanismos de defesa do ego: descubra os 10 tipos mais comuns

Os mecanismos de defesa é o processo que o cérebro adota para nos proteger de acontecimentos, pensamentos, comportamentos, crenças e sentimentos desagradáveis, com objetivo de nos distanciar do sofrimento.

O conceito foi criado e estudado pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud, depois aprofundado por sua filha, Anna Freud.

A teoria psicanalítica diz que os mecanismos de defesa são manifestações do ego perante situações e condições que provocam tristeza, angústia, ansiedade, preocupação, etc.

Esse mecanismo de defesa do ego se desenvolve de forma inconsciente, ou seja, 99,9% das pessoas não têm consciência desse mecanismo em seu comportamento.

Contudo, mesmo que os mecanismos de defesa tenham como objetivo nos distanciar do sofrimento, alguns deles podem gerar mais problemas a médio e longo prazo, do que resoluções.

Por isso, é importante conhecer alguns mecanismos, para conseguir reconhecê-los e determinar quais deles precisam de ajustes para que você consiga viver melhor e, sobretudo, ser mais feliz.

Mecanismos de defesa

Mecanismo de defesa do ego

Acredito que ficou claro que os mecanismos de defesa age no momento da “ameaça assumindo um papel protetor, dando-nos recursos para lidarmos com os conflitos emocionais.

Assim, ao sermos confrontados com uma situação que gera desconforto emocional, parecido com eventos que já vivenciamos, ele é ativado levando a um comportamento padrão que, até então, tem nos protegido do sofrimento.

Os mecanismos de defesa do ego tornam-se problemáticos quando afastam a pessoa da realidade, dificultando a resolução de problemas, socialização, autorresponsabilidade pelos próprios atos, etc. 

Como resultado, leva a distorção dos fatos, a tomadas de decisões por impulso, interpretação equivocada dos acontecimentos e do comportamento das pessoas e culpabilização dos outros pelos seus resultados.

Conheça agora, os 10 mecanismos de defesa mais comuns na personalidade humana para evitar que eles prejudiquem a sua performance.

1º Negação

A negação é um mecanismo de defesa bem conhecido e um dos mais comuns, entrando em ação quando a gente tem dificuldade de encarar a realidade e admitir verdades óbvias.

Um exemplo é o vício, viciados recusam ajuda de outra pessoa, além de ter dificuldade de abandonar o hábito prejudicial, como fumar ou beber, por minimizar ou negar as consequências negativas.

Outro exemplo pertinente, são de pessoas em luto ou vítimas de acontecimentos traumáticos, que também podem demorar a aceitar o evento doloroso.

A negação é um dos mecanismos de defesa que podem ajudar a combater o sofrimento, porém ela facilmente se transforma em um problema.

Porque, ao invés de nos ajudar a lidar com as situações conflitantes e traumáticas, esse mecanismo tenta anular a sua existência.

E para ser feliz, precisamos lidar com todos os eventos da vida, até mesmo os que nos machucam.

2ª Repressão

Outro mecanismo de defesa é a repressão, que leva a pessoa a reprimir memórias e acontecimentos dolorosos para prevenir o sofrimento ligado a eles.

Obviamente, isso é um problema!

Pois, essas circunstâncias negativas não desaparecem, elas ficam armazenadas em nosso subconsciente, influenciando o nosso comportamento, a nossa maneira de pensar, as nossas decisões e os nossos relacionamentos.

Assim, uma pessoa que sofreu violência doméstica, por exemplo, pode ter dificuldade de confiar nas pessoas, ficar constantemente na defensiva, ter baixa autoestima, falta de confiança em si e assim por diante.

3ª Projeção

A projeção é um dos mecanismos de defesa que projeta no outro aquilo que não aceitamos em nós mesmos

Isto é, a pessoa tende a transferir traços de personalidade e sentimentos que não consegue aceitar em si para outras pessoas.

Como resultado, elas julgam o comportamento daqueles que estão ao seu redor com base em indicadores que não existem no outro, mas em si mesmas, e, frequentemente, chegam a percepções equivocadas sobre as pessoas.

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4º Formação reativa

Este mecanismo de defesa do ego leva a pessoa a expressar o oposto do que sente, deseja ou pensa, a fim de evitar as perturbações emocionais.

Assim, a formação reativa ajuda a pessoa a proteger o fator causador dos sentimentos negativos, tornando difícil para ela saber o real motivo das suas intempéries emocionais.

O grande problema desse mecanismo é que ele pode passar a imagem para os outros, de que a pessoa é hipócrita,

Por exemplo, quando a pessoa não gosta de alguém seja pela sua personalidade, crenças, sexualidade ou nacionalidade, ao invés de expressar o que sente, ela pode tratar a outra pessoa bem para esconder o que sente.

Os mecanismos de defesa como a formação reativa, simplesmente pela função de proteger, leva a pessoa a camuflar os seus sentimentos para evitar o desconforto emocional, de vez lidar com eles.

5º Racionalização

A racionalização leva a pessoa a criar explicações lógicas para fundamentar uma conduta, resultado ou emoção difícil de aceitar.

Assim, quando ela não consegue alcançar um determinado objetivo, como uma vaga em uma entrevista de emprego, transfere a culpa para algo ou alguém. 

Normalmente, as suas justificativas são que a vaga não era boa o suficiente, o entrevistador não foi com a sua cara ou que o processo de seleção não foi justo.

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O problema desse mecanismo de defesa é que as justificativas dos fracassos e do mal-estar emocional, são sempre culpa de alguém, das circunstâncias, do governo ou do mapa astral.

Isso impede que as pessoas assumam a responsabilidade pelas suas escolhas, comportamentos, pensamentos e crenças, pelos resultados em sua vida.

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6º Regressão

Um dos mecanismos de defesa estudado profundamente por Anna Freud foi a Regressão, que diz respeito à expressão de comportamentos presentes na infância e/ou adolescência.

Como resultado, quando esse mecanismo entra em cena a pessoa tende a chorar sem parar, ficar obstinada, comer em excesso e ofender quando confrontadas por seu comportamento, pensamento ou qualquer outra situação ruim.

7º Deslocamento

O deslocamento é outro mecanismo de defesa bastante comum.

Ele é um mecanismo que desloca a emoção das pessoas para uma representação de alguém ou uma situação que gerou suas emoções aflitivas.

Então, quando algo não dá certo ou a pessoa tem um dia estressante, e ela desconta esse sentimento em alguém próximo, é o mecanismo deslocamento em ação levando as frustrações para um alvo mais seguro.

Assim, se o seu chefe fala umas groselhas que a deixa pé da vida, ela desloca essa emoção para alguma coisa ou alguém, na qual ela pode extravasar o sentimento, sem sofrer maiores consequências.

8º Sublimação

Esse é um dos mecanismos de defesa mais interessantes e que, diferente dos outros, não tem efeito colateral.

Porque esse é um mecanismo que nos ajuda a lidar com os eventos estressantes ou traumáticos, mitigando a raiva, a frustração, o medo e outras emoções negativas, de maneira mais positiva.

Isto é, a sublimação ajuda a transformar comportamentos, desejos e pensamentos ruins em oportunidades de melhoria.

Isso permite que uma pessoa extremamente impulsiva, que diante de uma situação que põe à prova sua paciência, recorra a exercícios de respiração e no dia a dia, canaliza essa impulsividade através do esporte.

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A resposta desse mecanismo de defesa, ajuda a evitar confrontos, arrependimentos e outras consequências negativas. 

O pai da psicanálise, Freud, acreditava que a sublimação é sinal de inteligência emocional, é onde a pessoa é capaz de conviver harmoniosamente em sociedade.

9º Intelectualização

Muito semelhante à racionalização, a intelectualização é o processo de visualizar as circunstâncias negativas de forma racional e calculista.

Essa defesa do ego, nos previne do apego às particularidades emocionais do acontecimento ruim, como o medo, a ansiedade, a preocupação e a tristeza.

Assim, o foco sai da emoção e passa para os aspectos lógicos da situação.

Portanto, quando a pessoa é demitida de um trabalho com anos de dedicação, por exemplo, ela racionaliza a situação pelos aspectos lógicos, ao invés de cair no choro, se vitimizar, desesperar ou ficar excessivamente preocupada.

10ª Compensação

Esse mecanismo de defesa, leva a pessoa a compensar o que falta em sua vida, seja em relação a habilidades, conhecimentos ou recursos financeiros, em algo que possa equilibrar o seu déficit.

Assim, se a pessoa tem falta de habilidade nos relacionamentos, por exemplo, isso pode levar ela a compensar isso no trabalho, tornando-se ótima em sua função.

Dessa forma, ela consegue equilibrar seus pontos fortes e fracos, aliviando o sentimento de inutilidade, que deriva dessas situações, por não conseguir resultados em alguma área.

Esses são os mecanismos de defesa mais comuns na sociedade atualmente, você se identificou com algum desses mecanismos?

É importante que você marque uma consulta com um psicólogo para uma avaliação prévia, já que cada pessoa pode ter mais de um mecanismo de defesa.

Sem mencionar que cada um tem a sua própria história, logo a maneira de abordar e ajustar os seus mecanismos de defesa são diferentes.

Gostou deste conteúdo? Ele foi útil para você? Então, manda para um amigo, familiar ou alguém que precisa desse conhecimento, juntos pode transformar o mundo em um lugar melhor.


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Sobre o Autor

Fernando Ferreira
Fernando Ferreira

Formado como Life Coach e psicologia positiva aplicada pela SBCoaching e autodidata dedicado a entender o que faz o ser humano ser feliz, realizado e bem-sucedido na vida.

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